NOVE CANTOS é o quarto álbum de João da Ilha, que em sequência do trabalho anterior desenvolve um conceito inteiramente dedicado à exploração das noções de açorianidade e insularidade, debruçando-se sobre a experiência local e as características de Ser Ilhéu. Este é por antítese às edições anteriores, um álbum mais “despido”, mais “cru” e essencialmente sustentado na sua voz e no seu violão, contando depois com uma importante colaboração do músico açoriano Evandro Meneses, que além de tocar vários instrumentos e a sua viola da Terra em algumas canções foi também o co-produtor do álbum no seu Ramo Grande Studio.
Todo o trabalho gráfico foi concebido pelo designer e artista plástico açoriano César Martiniano, que além da capa do álbum criou nove pinturas únicas para cada um dos NOVE CANTOS.

Biografia

O João nasceu em Angra do Heroísmo na Ilha Terceira, onde absorveu grande parte das influências para criar a sua música. Depois, fez caminho em Setúbal onde estabeleceu-se durante quase 20 anos, mantendo sempre a ponte entre as Ilhas e Portugal Continental, cruzando a música tradicional sobretudo de raízes açorianas com correntes contemporâneas da música popular, que vão do pop ao jazz passando pela world music, num estilo que gosta de designar por “música do Atlântico”.

O primeiro álbum «Amanhecer» (2011) produzido em Setúbal por Carlos Barreto Xavier, surgiu na sequência da estreia com o EP «Pulsação» (2009), como progressão natural de uma ideia musical que se afirmava num estilo próprio. 

No ano de 2013 a canção “Oh Meu Velho!” integrou a banda sonora de “Destinos Cruzados”, telenovela da TVI (vencedora de um Emmy com autoria do argumentista António Barreira). A canção esteve associada à personagem do conceituado ator Ruy de Carvalho o que permitiu airplay nacional e a passagem por vários espaços televisivos como por exemplo “Quarto Crescente” de Júlio Isidro na RTP1, “Atlântida” de Sidónio Bettencourt na RTP Açores, “Você na TV” na TVI, “Alô Portugal na SIC, “Praça da Alegria”, “Portugal no Coração” e “Verão Total” na RTP1. 

Nos seus concertos já pisou alguns importantes palcos e festivais tais como: Portas do Mar (2008, São Miguel – Açores), Sanjoaninas (2009 e 2019, Terceira – Açores), Feira de Sant’Iago (2010 a 2013, 2019, Setúbal), Festa do Avante (2010 e 2011, Seixal), Outonalidades (2010, Galiza – Espanha), Fim de Ano Azul (2013, Setúbal), EasyJet Street Music Fest (2016, Lisboa), Cordas World Music Festival (2017, Pico – Açores), DocLisboa 2017 e Azores Fringe Festival (2013 e 2018, Faial e Pico – Açores). 

Entre 2015 e 2017, João da Ilha dedicou-se ao seu projeto de música instrumental «Som das Esferas», resultando num álbum homónimo em co-produção com Vasco Ribeiro Casais (Omiri, Seiva, Dazkarieh) que também participou como multi-instrumentista. 

Foi também com Vasco Casais que co-produziu o álbum «Mares da Indecisão» (2018), que ao implementar nuances de modernidade resultou num som mais arrojado com mais exploração elétrica e mais variedade interpretativa em termos líricos, embora mantendo a habitual inspiração da música açoriana em todo o seu espectro. 

Em 2019 restabeleceu-se na ilha onde nasceu continuando a fazer música de inspiração atlântica e em 2020 editou o EP «Quatro Estações Num Dia», inspirado numa vivência passível de ser experienciada em qualquer uma das ilhas do arquipélago dos Açores. Durante todo o ano de 2021 expandiu o conceito das ”Quatro Estações Num Dia”, apresentando as suas versões ‘acústicas’ – mais aproximadas da sua génese, e versões ‘remisturadas’ – aventurando-se na fusão com a música eletrónica! 

Em dezembro 2023 chega um novo álbum intitulado NOVE CANTOS!

João da Ilha faz dos Açores o seu universo de inspiração e a sua voz e o seu violão provavelmente trazem em si uma sonoridade influenciada pela infinitude oceânica e a força lávica!

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